domingo, 21 de junho de 2009

Pequeno resumo do primeiro encontro do coletivo de educadores

O Encontro desta sexta, dia 19/06/2009, foi muito bom! Um início de conversa...

Já nos colocamos a tarefa de ‘tomar pé’ da discussão da construção do Plano Nacional de Educação.

O próximo encontro será na sede do Sindicato, na rua Joaquim Novaes, SEXTA-FEIRA, DIA 03/07/09, às 17h30m.

Entenda como chegamos ao tema da próxima reunião e o porque da manutenção deste dia da semana para o próximo encontro, lendo um ‘micro-relato’ do que ocorreu, abaixo:

Nesta sexta-feira, dia 19/06, tivemos nosso primeiro encontro do “Coletivo de Educadores” de Campinas.

→ Iniciamos o encontro assistindo à um vídeo com fotos da greve organizadas pela Simone.
→ Rosana nos informou sobre a votação do projeto de lei que estabelece o reajuste salarial. Ocorrerá nesta segunda-feira, com apresentação de emenda para que a prefeitura nos pague os 5,79 já. O sindicato está convocando a todos para que compareçam na Câmara de vereadores no dia 22 às 16h. Saiba mais: http://www.stmc.org.br/sn_NoticiasLer.php?codigo=299
→ Também colocou que o sindicato tem recebido muitas ligações denunciando abuso de direções de algumas escolas na cobrança dos planos de reposição. Saiba mais:
http://www.stmc.org.br/sn_NoticiasLer.php?codigo=298
→ Algumas pessoas disseram sobre suas expectativas em relação ao grupo: que discuta políticas públicas municipais e/ou maiores assim como nossa carreira, que indique ações coletivas de resistência ao que temos vivido na rede, que proponha seminários e fóruns visando a formação e a qualificação dos educadores, que possa produzir materiais sobre educação.... Muitos ainda não disseram sobre suas expectativas...
→ Sertório dirigente sindical responsável pela organização da Conferência Intermunicipal de Educação, fez uma fala explicando o que é a Conferência, sua importância para a construção do Plano Nacional de Educação, assim o que seria o plano e como poderíamos ajudar em sua produção. A partir deste momento o grupo ali reunido entendeu que discutirmos sobre nossa participação na Conferência seria importante, decidimos então:
· Que o Sindicato deve convocar uma Plenária Ampliada de Representantes da Educação para que esta pudesse eleger delegados a participarem da conferência e apresentarem emendas ao texto base do Plano que será discutido e trabalhado lá.
· Que a plenária deve acontecer nesta próxima semana (de 22 à 26/06) já que as inscrições de delegados estará aberta até sexta, podendo ser prorrogada até terça da outra semana.
· Que iremos, enquanto coletivo, realizar uma conversa sobre o Plano Nacional de Educação, com a presença dos Delegados já eleitos para que tomemos, juntos, ciência do que diz o texto base e que alguns posicionamentos em relação a este se exponham.
→ Decidimos que em nosso próximo encontro discutiremos o Documento-Referência para a Conferência Nacional de Educação. Combinamos de tentar ler, como pudermos, o texto-base para que saibamos do conteúdo a ser discutido por nossos representantes nas Conferências responsáveis por ‘lapidar’ o texto até 2010, para que o documento final, como Plano Nacional de Educação, possa entrar em vigor em 2011. Eis o link para o texto: http://portal.mec.gov.br/conae/images/stories/pdf/doc_base_conae_revisado2.pdf
→ Para saber mais sobre a Conferência Nacional de Educação: http://portal.mec.gov.br/conae/

→ Uma votação entre dias propostos para a próxima reunião determinou que a próxima ainda será na SEXTA-FEIRA, DIA 03/07/09, às 17h30m. Muitos não concordam com reunião ao sábado (por compromissos pessoais e reposições que usam este dia), pelo menos não no dia 4, como proposto, um dia para alternância precisa ser discutido. Combinamos que as reuniões ocorrerão em dias e horários alternados a partir de uma outra que provavelmente ocorrerá em agosto. No dia 3 decidiremos o tema de debate da próxima e a periodicidade de nossos encontros (que ainda não está fechada).

O encontro foi ótimo, tínhamos reunidas em torno de 30 pessoas ou mais. Apesar da urgência em torno da questão da Conferência ocupar quase todo nosso tempo e não conversarmos muito sobre a constituição do próprio grupo, as pessoas ali reunidas manifestaram-se contentes por esta conquista: reunir tanta gente querendo se encontrar e discutir educação em uma sexta, à noite, com friozinho... E pareciam bem dispostas à crescer e se fortalecerem muito!

Não deixe de contribuir!!
Participe e traga mais uma pessoa, não precisa ser educador só da Rede de Campinas. Quem você conhece que gostaria de pertencer a um grupo de debate sobre a Educação Pública?
Não pode participar ainda da próxima vez, não se afaste, em outro momento o horário será mais favorável à ti! Indique o grupo à alguém próximo!

Abraços,
Simone e Mafê.

(obs. Não há ‘coordenação’ deste grupo e ele não é vinculado ao Sindicato, estamos em construção e aprendendo juntos modos de administrar encontros, prioridades, vontades...Uns tomam para si a responsabilidade de divulgar, outros se oferecem a garantir espaço, outros a coordenar o encontro, outros a ..., contamos com todos vocês).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Votação da Câmara sobre o aumento

"Na próxima segunda-feira, a Câmara votará — em sessão extraordinária — o projeto do Executivo para o novo salário do funcionalismo municipal. "..."propondo que os 5,79% ...sejam pagos de uma só vez..."

C O N V O C A Ç Ã O
O SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS, CONVOCA A TODOS OS SERVIDORES PARA ESTAR NA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINAS, NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA (22/06/2009´) ÀS 17:HS30. NESTE DIA SERÁ VOTADO O PROJETO DO REAJUSTE SALARIAL RETROATIVO A 1º DE MAIO DE 2009.

ALGUNS VEREADORES, ARLY, SEBÁ, ÉLCIO, PETTERSON, ORSI, BILÉO E TERRAZAN VÃO PROPOR UMA EMENDA AO PROJETO DE FORMA A FIXAR O PERCENTUAL DE REAJUSTE EM UMA ÚNICA VEZ. PELO TEXTO DA EMENDA, OS 5,79% PASSARIAM A VALER RETROATIVAMENTE DESDE 1º DE MAIO. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE OUTROS ÍTENS DA PAUTA AINDA NÃO FORAM
CONSEGUIDOS. É FUNDAMENTAL A PRESENÇA DE TODOS NO PLENÁRIO DA CÂMARA, NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA QUE OS VEREADORES VOTEM SEGUNDO OS INTERESSES DOS SERVIDORES. VAMOS FAZER PRESSÃO NA CÂMARA E MOSTRAR QUE A NOSSA CAMPANHA SALARIAL AINDA NÃO ACABOU, POIS TEMOS MUITO AINDA QUE CONQUISTAR.

QUALQUER DÚVIDA ENTRE EM CONTATO COM O SINDICATO.
TEL; 32360665

Reajuste de 5,79 % JÁ!

O Governo de Dr. Hélio anunciou, nesta semana, dias após a greve, um Pacote Fiscal que visa engordar a receita do município. O pacote está no Projeto de Lei 397/09 que instituiu o programa de regularização fiscal no município de Campinas.

O PL será discutido em Audiência Pública que acontece nesta quinta-feira (17/06/09), às 15h, na Câmara de Vereadores Municipal de Campinas. Vamos comparecer a esta discussão. O Sindicato estará, amanhã, na Câmara de Vereadores para acompanhar todo o debate.

Com aprovação do PL 397/09 o Governo vai arrecadar R$ 72 milhões ainda este ano! Há espaço e dinheiro para antecipar o percentual de 2,79% em nosso reajuste salarial! Bloco de texto


Texto enviado pela COORDENAÇÃO DO SINDICATO.

CONTINUIDADE DA MOBILIZAÇÃO DOS EDUCADORES

Caros/as colegas,

Como muitos já sabem, uma vitória de nossa greve foi a mobilização de um número imenso de pessoas, principalmente da Educação. Todos sabemos que o que nos levou para as ruas não foi apenas a questão salarial. Muitas são as insatisfações e os desmontes que vivenciamos no cotidiano escolar.
O Coletivo de Educadores que ‘semeamos’ em nosso movimento precisa crescer e gerar bons frutos: precisamos constituir um grupo que esteja disposto a discutir e propor políticas públicas de qualidade!
Eis algumas questões vivenciadas por nós que podem ser discutidas:

· Falta de professores, monitores, diretores, vices, OPs, agentes de apoio... (precisamos de um ‘raio-x’ da situação, motivos e consequências de tantas faltas).
· Ciclos ou séries: mudamos formas de organização ou apenas nomenclaturas? Quais ganhos e perdas para professores e alunos?
· Atendimento à demanda, o trabalho com os agrupamentos e a organização dos módulos na educação infantil (quantas crianças por adulto?). Quais políticas curriculares estão colocadas para o infantil?
· Implantação da nova forma de organização da EJAII (“organização curricular flexibilizada”). Quais ganhos e perdas para professores e alunos?
· Critérios de abertura e fechamento de salas da FUMEC, tempo de permanência dos alunos em cada PEB e definições curriculares.
· Plano de cargos e avaliação para mudanças de ‘letra’: cursos de capacitação em andamento na Escola de Governo e decisão de avaliação atrelada à chefia, já imposta.
· Rumos dos processos de avaliação da educação pública municipal em andamento: avaliação institucional e provas de avaliação de desempenho dos alunos.
· Participação dos educadores na elaboração do Plano Municipal de educação e no processo de revisão do Plano Nacional de Educação.

Estes e outros temas poderão ser tratados por nós, em nosso primeiro encontro. Precisamos estabelecer prioridades, organizar momentos de reflexão/debate e encaminhar ações. Como o coletivo se organizará? Traga sugestões e não deixe de participar!
TODOS JUNTOS SOMOS FORTES!

ENCONTRO DO COLETIVO DE EDUCADORES
DIA 19/06/2009 – Sexta-feira
LOCAL: SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS
RUA JOSÉ TEODORO DE LIMA, N. 49 – CAMBUÍ (próxima à Prefeitura)
HORÁRIO: 17h30

Não faltem! Por favor, repassem aos colegas que desejarem participar!

CONAE - Apresentação

A Conferência Nacional de Educação - CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.

O Tema da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, será: Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.

A CONAE acontecerá em Brasília, de 23 a 27 de abril de 2010, será precedida de Conferências Municipais, previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal programadas para o segundo semestre do mesmo ano. A Portaria Ministerial nº 10/2008 constituiu comissão de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da CONAE em todas as etapas. Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto, Francisco das Chagas, para coordenar a Comissão Organizadora Nacional.

A Comissão Organizadora Nacional é integrada por representantes das secretarias do Ministério da Educação, da Câmara e do Senado, do Conselho Nacional de Educação, das entidades dos dirigentes estaduais, municipais e federais da educação e de todas as entidades que atuam direta ou indiretamente na área da educação.

A conferencia intermunicipal, que englobará 90 cidades da reigião de Campinas, acontecerá nos dias 31 de julho e 1º de agosto, na UNICAMP. As inscrições irão até sexta-feira - 26 de junho.

Texto enviado por Vaniza.

terça-feira, 16 de junho de 2009

COMUNICADO DA SME SOBRE REPOSIÇÃO DE AULAS EM FUNÇÃO DA GREVE

COMUNICADO SME 18/2009

O Secretário Municipal de Educação, no uso das atribuições de seu cargo e,
CONSIDERANDO a Lei Federal n.º 9.394, de 20/12/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, principalmente os seus artigos 12 e 24;
CONSIDERANDO a Resolução SME n.º 02/2009, de 04/02/2009, que dispõe sobre as diretrizes para a organização do Calendário Escolar nas Unidades Educacionais/Espaços Educativos da Rede Municipal de Ensino para o ano de 2009;
CONSIDERANDO a paralisação dos funcionários da SME durante os meses maio e junho/2009;
CONSIDERANDO que é dever do poder público e direito do aluno a garantia do cumprimento dos dias e horas letivos;
RESOLVE:
1. A reposição de dias e/ou horas não trabalhadas em razão da paralisação nos meses maio e junho de 2009 deverá ocorrer até o final do ano letivo.
1.1. Os professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Campinas deverão repor as suas ausências até 15/07/2009
2. A reposição para as Unidades de Educação Infantil e de Ensino Fundamental será realizada de forma que o Calendário Escolar, com relação aos dias e horas programados, seja cumprido integralmente.
3. É da competência da Direção da Unidade Educacional organizar o Plano de Reposição de aulas.
3.1. O Plano deverá contemplar a reposição dos dias paralisados, quando houver, a ser cumprida por toda a equipe da Unidade Educacional, as horas a serem repostas pelos profissionais, como também o conteúdo a ser desenvolvido.
3.2. Os Planos de Reposição deverão ser enviados aos NAEDs até 22/06/2009 para serem homologados pelos Supervisores Educacionais e Coordenadores Pedagógicos das respectivas Unidades Educacionais.
3.3. A Direção Educacional deverá comunicar aos pais o cronograma de reposição.
4. Os professores que aderiram à paralisação total da unidade deverão repor horas aula não trabalhadas e/ou conteúdo nos dias em que houver reposição de dias letivos da unidade.
5. Se não ocorreu paralisação total em dias letivos na unidade educacional, a reposição de horas aula e/ou conteúdo decorrente de paralisação deverá ser feita no contraturno do período de trabalho do professor, em horas de atividade com seus alunos.
6. Os Monitores ou Agentes de Educação Infantil dos Agrupamentos I e II poderão repor suas ausências em horas de trabalho acrescidas à sua carga horária, em, pelo menos, uma hora diária, ou substituindo as ausências de outros monitores.
7. Os professores dos anos finais do Ensino Fundamental deverão repor os dias de paralisação conforme componente curricular e o número de horas aula a repor.
8. Os professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental, que tiveram substitutos atuando com seus alunos no período da paralisação, deverão repor suas faltas no contraturno de seu horário de trabalho, em substituição a professores ausentes na unidade
educacional, ou em atividades de reforço para seus alunos, ou alunos de outros anos ou séries, ou, ainda, auxiliando colegas em sala de aula no cuidado com alunos com necessidades especiais, à razão de 2 (duas) horas aula/dia.
9. As horas de TDC, TDI e TDPR correspondentes aos dias e/ou horas paralisados deverão ser repostas em atividades previstas para essas horas de trabalho docente.
10. Os demais funcionários da SME deverão repor suas horas paralisadas conforme Plano de Reposição elaborado em conjunto com a chefia imediata do local de trabalho em que atuam, à razão de uma hora por dia.

Campinas, 15 de junho de 2009
JOSÉ TADEU JORGE
Secretário Municipal de Educação

domingo, 14 de junho de 2009

A Caça às Bruxas do Santo Inquisitor Hélio começa ....

A Greve terminou , mas nós servidores públicos devemos continuar em nossa luta pela defesa do serviço público de qualidade .Portanto sugiro um pacto entre todos nós : Não vamos deixar passar em branco nenhuma irregularidade deste governo autoritário, vamos denunciar !!!!!

Eu sei que a mídia provinciana desta cidade é comprada pelo Sr. Hélio, mas isso não vai nos impedir , vamos nos comunicar com nossos familiares, alunos, amigos, vizinhos,alunos, pacientes.

Em qualquer lugar que estivermos, vamos apresentar aos munícipes de Campinas , a verdadeira administração desta cidade: nepotismo, acúmulo de cargos comissionados, privatização do serviço público, compras de materiais de péssima qualidade por preços de materiais de 1° qualidade, distribuição de merenda escolar vencida, assédio moral ,etc,...

A Caça às Bruxas já começou, uma coordenadora de uma UBS, cujos funcionários participaram efetivamente da greve, foi afastada por 30 dias para abertura de inquérito administrativo, após notícia vinculada no Correio (IM)Popular de que a unidade realizou reunião logo após o encerramento da greve. Isso é motivo para afastamento da servidora? ou quais são os reais motivos?

O Sindicato precisa estar alerta !!!!!

Campanha anti Hélio Já!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E-mail enviado por Rolling That Stone (rolldastone@hotmail.com)

Indicação de leitura

JOÃO BATISTA: HISTÓRIA DE UMA VOZ E DE EXEMPLO DE VIDA.
E-mail enviado por Nelson Camargo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pra quem quiser saber o que está acontecendo na USP

Relato do professor Pablo Ortellado sobre a barbárie ocorrida na USP em 09/06/2009

Prezados colegas,

O que os senhores lerão abaixo é um relato em primeira pessoa de um docente que vivenciou os atos de violência que aconteram poucas horas atrás na cidade universitária (e que seguem, no momento em que lhes escrevo – acabo de escutar a explosão de uma bomba). Peço perdão pelo uso desta lista para esse propósito, mas tenho certeza que os senhores perceberão a gravidade do caso.

Hoje, as associações de funcionários, estudantes e professores haviam deliberado por uma manifestação em frente à reitoria. A manifestação, que eu presenciei, foi completamente pacífica. Depois, as organizações de funcionários e estudantes saíram em passeata para o portão 1 para repudiar a presença da polícia do campus. Embora a Adusp não tivesse aderido a essa manifestação, eu, individualmente, a acompanhei para presenciar os fatos que, a essa altura, já se anunciavam. Os estudantes e funcionários chegaram ao portão 1 e ficaram cara a cara com os policiais militares, na altura da avenida Alvarenga. Houve as palavras de ordem usuais dos sindicatos contra a presença da polícia e xingamentos mais ou menos espontâneos por parte dos manifestantes. Estimo cerca de 1200 pessoas nesta manifestação.

Nesta altura, saí da manifestação, porque se iniciava assembléia dos docentes da USP que seria realizada no prédio da História/ Geografia. No decorrer da assembléia, chegaram relatos que a tropa de choque havia agredido os estudantes e funcionários e que se iniciava um tumulto de grandes proporções. A assembléia foi suspensa e saímos para o estacionamento e descemos as escadas que dão para a avenida Luciano Gualberto para ver o que estava acontecendo. Quando chegamos na altura do gramado, havia uma multidão de centenas de pessoas, a maioria estudantes correndo e a tropa de choque avançando e lançando bombas de concusão (falsamente chamadas de “efeito moral” porque soltam estilhaços e machucam bastante) e de gás lacrimogêneo. A multidão subiu correndo até o prédio da História/ Geografia, onde a assembléia havia sido interrompida e começou a chover bombas no estacionamento e entrada do prédio (mais ou menos em frente à lanchonete e entrada das rampas). Sentimos um cheiro forte de gás lacrimogêneo e dezenas
de nossos colegas começaram a passar mal devido aos efeitos do gás – lembro da professora Graziela, do professor Thomás, do professor Alessandro Soares, do professor Cogiolla, do professor Jorge Machado e da professora Lizete todos com os olhos inchados e vermelhos e tontos pelo efeito do gás. A multidão de cerca de 400 ou 500 pessoas ficou acuada neste edifício cercada pela polícia e 4 helicópteros.

O clima era de pânico. Durante cerca de uma hora, pelo menos, se ouviu a explosão de bombas e o cheiro de gás invadia o prédio. Depois de uma tensão que parecia infinita, recebemos notícia que um pequeno grupo havia conseguido conversar com o chefe da tropa e persuadido de recuar. Neste momento, também, os estudantes no meio de um grande tumulto haviam conseguido fazer uma pequena assembléia de umas 200 pessoas (todas as outras dispersas e em pânico) e deliberado descer até o gramado (para fazer uma assembléia mais organizada). Neste momento, recebi notícia que meu colega Thomás Haddad havia descido até a reitoria para pedir bom senso ao chefe da tropa e foi recebido com gás de pimenta e passava muito mal. Ele estava na sede da Adusp se recuperando.

Durante a espera infinita no pátio da História, os relatos de agressões se multiplicavam. Escutei que a diretoria do Sintusp foi presa de maneira completamente arbitrária e vi vários estudantes que haviam sido espancados ou se machucado com as bombas de concusão (inclusive meu colega, professor Jorge Machado). Escutei relato de pelo menos três professores que tentaram mediar o conflito e foram agredidos. Na sede da Adusp, soube, por meio do relato de uma professora da TO que chegou cedo ao hospital que pelo menos dois estudantes e um funcionário haviam sido feridos. Dois colegas subiram lá agora há pouco (por volta das 7 e meia) e tiveram a entrada barrada – os seguranças não deixavam ninguém entrar e nenhum funcionário podia dar qualquer informação. Uma outra delegação de professores foi ao 93o DP para ver quantas pessoas haviam sido presas. A informação incompleta que recebo até agora é que dois funcionários do Sintusp foram presos – mas escutei relatos de primeira pessoa de que haveria mais presos.

A situação, agora, é de aparente tranquilidade. Há uma assembléia de professores que se reuniu novamente na História e estou indo para lá. A situação é gravíssima. Hoje me envergonho da nossa universidade ser dirigida por uma reitora que, alertada dos riscos (eu mesmo a alertei em reunião na última sexta-feira) , autorizou que essa barbárie acontecesse num campus universitário. Estou cercado de colegas que estão chocados com a omissão da reitora. Na minha opinião, se a comunidade acadêmica não se mobilizar diante desses fatos gravíssimos, que atentam contra o diálogo, o bom senso e a liberdade de pensamento e ação, não sei mais.

Por favor, se acharem necessário, reenviem esse relato a quem julgarem que é conveniente.

Cordialmente,

Prof. Dr. Pablo Ortellado

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Universidade de São Paulo

terça-feira, 9 de junho de 2009

Vídeo do 3° dia de greve

Algumas pessoas têm nos perguntado sobre a possibilidade de obter o vídeo do 3° dia de greve (ver vídeos na barra lateral, à direita desse blog) para exibir aos colegas de trabalho e em outros espaços coletivos (escolas estaduais, associações de bairro, igrejas etc.), como mote para discutir o movimento de greve.

Quem tiver interesse, pode obter o vídeo das seguintes formas:

1) Pelo Youtube (baixa resolução);

2) Baixar o vídeo da internet (resolução média); permite salvar em pendrives, CD ou DVD (roda em computadores, mas não roda em todos os aparelhos de DVD): Parte 1; Parte 2 (assim que abrir a página, clique em "Download now");

3) Mande e-mail (greveservidorescampinas2009@gmail.com) e podemos tirar uma cópia em formato DVD, que roda em aparelhos convencionais (alta resolução).

Mantenham contato, pois outras produções virão.

A GREVE TERMINOU E OS SERVIDORES QUE SE MANTIVERAM FIRMES E UNIDOS ATÉ O FINAL ESTÃO DE PARABÉNS!

Esse governo estava tão seguro de seus mecanismos de controle, que em outubro de 2008, quando enviou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para ser aprovada pela câmara dos vereadores, nem se preocupou em direcionar recursos para o dissídio dos servidores. Considerou que mais uma vez permaneceria o marasmo cívico que tomou conta da categoria durante os anos de 2005 a 2008.

SURPRESA!

  • GREVE DE 20 DIAS, COM PARTICIPAÇÃO EFETIVA DOS DIFERENTES SEGMENTOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS;
  • APOIO E UNIÃO DE VÁRIAS ORGANIZAÇÕES REPRESENTATIVAS DE TRABALHADORES, ESTUDANTES E ASSOCIAÇÕES CIVIS;
  • DESVELAMENTO DAS RELAÇÕES DE “SUPER PODER”, INTRANSIGÊNCIA E INTOLERÂNCIA DO GOVERNO E DO USO DA GUARDA MUNICIPAL COMO INSTRUMENTO DE OPRESSÃO;
  • DESVELAMENTO DA POSIÇÃO “UNILATERAL” DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO QUE AJUDAM A MANIPULAR A OPINÃO PÚBLICA A FAVOR DOS DESMANDOS DESSA ADMINISTRAÇÃO;
  • DESVELAMENTO DA POSIÇÃO DA CÂMARA LEGISLATIVA - “PRIMEIRO OS QUE MAIS PRECISAM: O EXECUTIVO, O LEGISLATIVO E O JUDICIÁRIO E TODOS OS AMIGOS DO REI”;
  • PENSE UM POUCO E COM CERTEZA VOCÊ VAI AUMENTAR PELO MENOS UM ITÉM NESSA LISTA ....
AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA E TENHO CERTEZA QUE ESTAMOS SAINDO DESSE MOVIMENTO MUITO MELHORES DO QUE QUANDO ENTRAMOS! ESSA É A NOSSA MAIOR VITÓRIA.

Sugestões de leitura:
http://fporj.blogger.com.br/index.html
http://www.avozdocidadao.com.br/images/panfleto_mandamentos_compromissos_cidadania.pdf

Texto enviado por Elsa Bellotti

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A greve termina hoje, mas a luta continua...

Fotos 08/06/2009

Clique na foto para ver as demais...

Pessoal, por mais algum tempo, esperamos manter esse blog no ar, para que seja um espaço que ajude no encaminhamento das pautas específicas dos segmentos.

Além disso, a construção desse blog é uma experiência coletiva, de diversos posicionamentos e opiniões do movimento de greve, e, por isso, pensamos que esse blog serve como uma memória do nosso movimento.

Apropriemo-nos dos materiais aqui colocados para nossos debates de retorno da greve, para mostrarmos nos nossos locais de trabalho as razões que nos movem e a legitimidade da nossa greve e para subsidiarmos os nossos próximos passos.

Esperamos postar aqui novos materiais tão logo surjam novidades e apontamentos. Acompanhe!

Nossos inimigos dizem (Bertolt Brecht)

Nossos inimigos dizem:
"a luta terminou".
Mas nós dizemos:
"ela começou".

Nossos inimigos dizem:
"a verdade está liquidada".
Mas nós dizemos:
"nós ainda a conhecemos".

Nossos inimigos dizem:
"mesmo que ainda se conheça a
verdade, ela não pode mais ser divulgada".
Mas nós a divulgamos.

Mais informações sobre o encerramento da greve: http://www.stmc.org.br/sn_NoticiasLer.php?codigo=294

PROGRAMAÇÃO 08/06/2009

FOI DECIDIDA NA ASSEMBLÉIA DA MANHÃ ÀS 11HS, UMA NOVA ASSEMBLÉIA APÓS A CONCILIAÇÃO NA JUSTIÇA, NÃO FALTE, SERÁ...

NO PAÇO ÀS 17HS.

Vídeos





Vídeos enviados por Alberto e Márcio

A GREVE E OS DOCENTES DE EJA

“Quando o professor luta ele também está ensinando”. Esta fala que podemos ouvir no instigante filme “Pequeno grão de areia” - fala que compõe a exibição das formas de organização e mobilização dos docentes mexicanos contra o desmonte da educação pública em seu país – traduz a compreensão de muitos professores e professoras de EJA de nossa cidade. Docentes que tem assumido o compromisso político cotidiano de engajar-se na defesa e construção de uma educação pública que não seja mais uma forma de exclusão de jovens e adultos de um direito que já lhes foi negado. Docentes que engajaram-se com afinco em nosso movimento grevista conscientes de que as pelejas do cotidiano da sala de aula não estão desvinculadas das nossas lutas econômicas, por um tratamento profissional digno, por condições de trabalho decentes, por políticas públicas consistentes e voltadas para a superação das desigualdades sociais. Docentes que assumiram muitos riscos, encararam muitos medo, mas que resolveram vivenciar tudo isso dentro do movimento coletivo. E assim aprendemos, dando continuidade a uma longa história de resistências dos trabalhadores em nosso país. E assim nos identificamos com a condição de trabalhadores de nossos alunos e podemos continuar compartilhando com eles os conhecimentos produzidos em tantas labutas! “Quando o professor luta ele também está ensinando”. Bela aula, docentes de EJA!!
Cláudio

GREVE SEM DOR

Toda greve têm momentos difíceis para a população e aos que fazem a greve. Tem momento onde o cansaço muitas vezes nos convida a desistir, depois de uma longa jornada.
Pois ao contrário daqueles que gritam aos nossos ouvidos: vão trabalhar! Mal eles sabem que trabalhamos o dobro, o triplo em tempos de greve, já que não “baixamos a guarda”, pois o inimigo se cerca de todas as formas: com tubos, com grossa parede de vidro, com grade de ferro, com gás de pimenta, enfim um aparato de repressão.
O cansaço muitas vezes nos provoca irritação, até com aqueles que realmente são os que mais precisam: que são os nossos filhos, pois eles nos cobram a justa atenção devida.
E justo nesses momentos de fragilidade humana, nos assustamos com as reposições, com o medo dos descontos, com o período probatório, falta abonada, licença prêmio entre outras questões.
Mas é um momento de reflexão, de amadurecimento de nunca perder de vista do porquê entramos em greve, que nossas reivindicações são justas e que devem ser atendidas.
Não podemos desistir pelo medo, pela comodidade dos que não entraram em greve, por aqueles que não nos apóiam, por aqueles que ainda não construíram uma consciência política, enfim por aqueles que não valorizam o verdadeiro sentido de cidadania.
Jamais devemos nos sentir impotente diante de um governo intransigente, insensível, pífio...
É isso que o governo espera ansiosamente que corramos diante de suas ameaças, para poder continuar arrochando nossos salários a seu bel prazer e aumentar o seu próprio salário a custa dos nossos serviços, dos nossos impostos.
Mas quem vai ficar frustrado é esse governo, pois nossa organização, nossa mobilização, nossa garra, nossa força é infinita.
É o que vem demonstrando nossas assembleias de um movimento aguerrido que a cada dia ganha mais força, mesmo diante da demonstração do governo que aposta no nosso desgaste.
Temos que ter consciência que não existe greve sem dor, porém essa dor se supera e se transforma em LUTA e o barato ( 3 % ) vai sair caro para este governo, MAS MUITO CARO! Porque não vamos declinar, PORQUE DIGNIDADE NÃO TEM PREÇO.
A LUTA CONTINUA, PORQUE NÃO ESTAMOS PARTIDOS E SIM MUUUUUIIIIIITO UNIDOS, PORQUE NÃO PODEMOS DORMIR COM O INIMIGO.

Professora Juzileide - EMEF Prof. Vicente Ráo

domingo, 7 de junho de 2009

MALTRATADA EDUCAÇÃO!

Há quem diga que o Sr. José Tadeu Jorge, quando assumiu a secretaria de educação de Campinas, sabia muito bem onde veio amarrar seu burro: desgoverno, intransigência, truculência. Os que esperam que administração pedetista-petista será coroada com políticas educacionais tucanas - genuínas, não mal travestidas de progressismo - provavelmente terão que aguardar. A reforma administrativa cria dificuldades para que Tadeu traga “seu pessoal” de pronto. Supostas divergências com o grupo de Paulo Renato talvez dificultem um alinhamento da educação do município com os descaminhos da política educacional estadual. No fechamento de sua gestão na UNICAMP, Tadeu disse, quando indagado sobre seus planos para o futuro, que ambicionava “continuar trabalhando pela educação brasileira”. Não dormiu no ponto. E começou com o pé esquerdo. Numa de suas primeiras manifestações públicas ocupou o espaço da carta dos leitores do “Correio Impopular”, refutando mensagens de pais da EMEF Vicente Ráo que denunciavam a falta de professores. Mal assessorado e mal informado, no decorrer da nossa greve, o novo secretário se deu conta de que o buraco que procurara esconder era bem maior, bem maior mesmo, do que imaginara: inúmeras aulas não atribuídas, inúmeros cargos vagos, adjuntos de português e matemática assumindo aulas não-temporárias de disciplinas que não as suas... enfim, a meia-boca instituída. Será este o “trabalho pela educação brasileira” que o secretário se propôs: contribuir para o desmonte da educação pública municipal? Há quem diga que o Sr. José Tadeu Jorge, na verdade, ambiciona um cargo da área de Ciência e Tecnologia que, se não veio agora, virá, provavelmente, depois das próximas eleições. Se assim for, ocupar cadeira e não dizer a que veio começaria a se institucionalizar como modo de ocupar a pasta da educação em nossa cidade. Maltratada educação!
Texto enviado pelo professor João

Programação do dia 08/06 - Segunda-feira

7h - Concentração no Paço e visita às bases
9h - Setoriais
11h - Assembléia
13h30 - Conciliação Judicial

Aproveite o final de semana para chamar o colega para as atividades de segunda-feira, para ler as matérias do nosso blog e para indicar o blog para toda a sua lista de contatos.

Campanha "Fale com mais um": nesse final de semana, vamos conversar com nossas famílias, nossos vizinhos e nossos amigos sobre a legitimidade da nossa greve e sobre os abusos do governo Helio.

sábado, 6 de junho de 2009

Pequeno gesto

Às vezes, sentimentos se misturam, pois é maravilhoso; me sinto feliz e orgulhosa de participar desse movimento grevista há 17 dias. Quanta luta, cansaço, mas força, garra e crença no que se está fazendo. Mas também tristeza ao olhar para um aposentado que andando de um lado para o outro colocava fogo nas velas que se apagavam, e não desistia, elas teimavam em se apagar e ele ia lá e colocava de novo o fogo. É triste mas é maravilhoso ver esse senhor que não me lembro o nome, ali, em pé, sem demonstrar cansaço, com um sorriso nos lábios. E pensar que muita gente nova, muitos jovens ficam nos seus locais de trabalho, sem mesmo se interessar pelo que acontece no Paço.

Parabéns á todos nós que nos mantemos em greve

texto enviado por Maria de Fátima

Charge - "Vendem-se veículos de comunicação" - Parte 1



Argumento: Kayser.

Rapidas 7

Salve-se quem puder

A Rede Anhanguera de Comunicação, que publica o Correio Popular, o Diário do Povo e o Já, teria perdido seu prédio da Rua Conceição, essa foi a notícia informal divulgada mês passado pela imprensa não ligada à Rede. O motivo da perda do prédio seria uma dívida judicial que a RAC teria perdido. Parece que os milhões de reais gastos ilegalmente pelo prefeito para atacar os servidores públicos, especialmente o bom número de servidores em greve (que, diga-se, estão lutando por toda a categoria e para um serviço público de melhor qualidade para a população), estão ajudando a RAC a sair da lama. Mui grata, a RAC, que diz odiar ideologias, tomou o partido do governo Hélio na greve. Mas, o que a RAC deveria perceber é que essa medida, a médio prazo, é péssima para ela mesma, porque sua qualidade jornalística fica rebaixada e a tendência é que o público mais instruído passe a ter ojeriza aos seus jornais.

Um governo inábil, uma velha experiência

Foi em 1789 na França que o povo derrubou a monarquia porque esta tinha criado uma elite sanguessuga, que, apesar de nada produzir, administrava mal o dinheiro público, criava privilégios à Corte e impunha (para manter seus privilégios) sacrifícios e masmorras à população. Guardadas as devidas proporções, algo parecido está ocorrendo aqui em Campinas, 220 anos depois. As idas de Helio à TV só tem acirrado as coisas, porque a população, mesmo a menos informada, percebe que, se ele está indo à TV, é porque algo não anda bem. Com a propaganda na grande mídia, o inábil governo Hélio conseguiu (além de torrar nosso dinheiro) projetar para toda a cidade um conflito que antes era entre governo e servidores. Agora, a cidade foi chamada a se posicionar, e quem tem mais a perder é exatamente o governo Helio e sua aristocracia.

As mensagens abaixo foram extraídas de outros veículos de notícias de nossa cidade.


Impressionante o desgaste político que a greve dos servidores municipais está provocando na gestão e na figura do Dr. Hélio. Todo o faz-de-conta que tem sido a passagem deste senhor pelo nosso poder público municipal fica escancarado nesta greve. Que o leitor aprenda definitivamente esta lição. Que eleja alguém de fato comprometido com Campinas (...), e não alguém que usa a Prefeitura para empregar amigos de fora ou usar a máquina pública para estranhos acordos políticos (...).
Trecho extraído de Carta de Leitor, em blog da cidade de Campinas.

Quem acompanhou na ativa as manifestações de rua do tempo da ditadura e posteriores, sabe que, além da truculência, o despreparo do agente e o abuso de poder costumam andar juntos, não raro para defenderem interesses políticos e pessoais que nunca são os da população atingida por esse tipo de desmando. A gente também sabe que a provocação sempre foi arma em manifestações e greves, que a greve dos servidores municipais é muito bem organizada, mas não justifica a gratuidade da violência. Ver a sequencia das fotos do GM jogando spray de pimenta é um atestado disso. Qual a atitude suspeita da Rose, parada e escrevendo? Esses GMs não prestam atenção no que fazem, no que está à sua volta? O agente deve observar e entender o ambiente que o cerca, ainda mais numa situação-limite, para não cometer abusos e até crimes com ações impensadas. O agente agiu por instinto? Tem algum problema de personalidade não resolvido? Tem manual de procedimentos que manda fazer assim? Foi o comando da GM que mandou agir desse jeito? Ou a ordem partiu do 4º andar da Prefeitura, da mesma forma que os tubulões de concreto na rua, não justificados pela conversa mole do sr. De Lagos Viana Chagas e retirados por ordem judicial? Se não prestam atenção, se são mal selecionados ou mal treinados, porque gastar nosso dinheiro com incompetência pra inglês ver – e gastar nosso dinheiro de novo pagando empresa particular de segurança pra tomar conta de prédio municipal? Temos todos o direito de perguntar: que tipo de treinamento esdrúxulo recebe a GM? E mais: o que os GMs estavam fazendo na porta de uma escola estadual, se sua área de atuação, por definição, são os prédios municipais? Os inquilinos da Prefeitura aumentam cada vez mais a dívida com a população e o futuro da cidade – dívida que nós todos vamos ter que amortizar quando eles desocuparem o prédio. Isso não dá pra maquiar.
Arnaldo Bocatto, jornalista.

Um anúncio em horário nobre da televisão – que custa caro, muito caro – instalou o terrorismo oficial como forma de pressionar os servidores municipais a voltarem ao trabalho. O curioso é que esse tipo ação – usar os meios de comunicação para falar com os grevistas – está sendo usado pela segunda vez. A primeira foi a publicação de uma página inteira no Correio Popular informando dados financeiros da Prefeitura tentando justificar os 3%, alguns deles inclusive duvidosos. Agora foi a vez da televisão. O anúncio na televisão repete a falácia de que houve aumentos consideráveis na implantação do novo plano de cargos e salários. E, aí está o terror, ameaça de demissão os grevistas e de chamar concursados para trabalhar no lugar de que está faltando ao serviço. É, além de terrorismo, um dado curioso: faltam médicos na rede pública, faltam servidores em vários outros setores da Prefeitura, mas o governo do “doutor” ameaça contratar um monte de gente que está “na reserva” para acabar com a greve.
Trecho da opinião de Edmilson, em blog da cidade de Campinas

Série João Zinclar - Parte 6 (fotos de 05/06/09)


Fotos de João Zinclar.

Fotos do ato político de 05/06/2009 e relação de alguns dos apoiadores presentes ao ato



Alguns dos apoios recebidos em falas durante o Ato Público realizado em 05/06/2009:

1 - Mário - Comando de Greve / Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp
2 - "Federal" - Diretório Central dos Estudantes - DCE UNICAMP
3 - Rose - Representante dos Aposentados da Prefeitura Municipal de Campinas
4 - Renata e Paula - Centro Acadêmico de Ciências Humanas - CACH UNICAMP
5 - "Valdinho" - trabalhador da SETEC
6 - Paula - representante da CONLUTAS
7 - Carol - representante da União Nacional dos Estudantes - UNE
8 - Jair - Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região
9 - Silvia - representante do PSTU
10 - Renato e "Cabeça" - Movimento "Passe Universitário"
11 - Arley - Sindicato dos Químicos Unificados
12 - Claudia - representante dos Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST
13 - Vandão - representante do PSB
14 - Sueli - representante da APEOESP
15 - Prof. Metin - Turquia
16 - Paulo Búfalo - representante do PSOL
17 - Fernando - representante da Flaskô - Fabrica Ocupada em Sumaré
18 - Valdir Terrazan (PSDB) e Arly de Lara Romeu (PSB) - vereadores da Câmara Municipal de Campinas que fazem parte da Comissão da Acompanhamento das Negociações
19 - Cícero - Pastoral Operária da Igreja Católica
20 - Daniel - Diretório Central dos Estudantes - DCE PUCC
21 - Paulo Mariante - representante do PT
22 - Carlos Kiss - Professor da Prefeitura Municipal de Hortolândia (Comando de Greve)

Tenha um bom fim de semana e até segunda!
Fotos e texto enviados por Marcos Lessa.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vídeo da passeata e ato público de sexta-feira (05/06)

Fotos 05/06/2009 - Parte 1



Passeata e ato público no Largo do Rosário reúnem milhares de servidores e recebem o apoio da população.

Fotos de Simone.

Rápidas 6


Foto enviada por Simone.

Grande ato público repudia violências morais e físicas do governo Hélio e mostra a força da categoria

Milhares de pessoas estiveram presentes à passeata que se seguiu do ato público de hoje (05/06) numa demonstração de que a cidade de Campinas repudia a agressão do governo Hélio contra servidores e as mentiras veiculadas pelo prefeito nas propagandas de TV.

Setores ligados a estudantes secundaristas e universitários, à UNE, a partidos políticos, a sindicatos, às pastorais da Igreja, a associações de bairro etc. estiveram presentes e se colocaram mais do que nunca a favor de nossa categoria e contrários à opressão do governo Hélio contra os servidores e a cidade. Esses setores estão colaborando muito para fazer a contraposição à covardia televisiva que o governo Hélio está fazendo contra os trabalhadores. Pela mostra de hoje, não deixaremos que o governo desmoralize os servidores, nos chamem de "faltosos" e "baderneiros", quando na verdade estamos lutando pelos nossos direitos e contra as regalias da alta cúpula administrativa.

Foi emocionante perceber o apoio da maioria da população campineira, que, apesar de estar recebendo há mais de 2 semanas propaganda cara e constante do governo Hélio (que criminaliza os servidores em greve e defende a violência contra os trabalhadores), ainda assim vem se colocando ao lado do servidor público da cidade.

Mais ameaças do governo Hélio

O estopim para as agressões da Guarda Municipal na última terça-feira foi uma porta de vidro trincada. Um vigilante da empresa terceirizada Gocil fechou a porta com tamanha força que o caríssimo vidro blindado (comprado em uma honesta licitação) chegou a trincar. Alguns guardas desequilibrados correram atrás de manifestantes de forma desproporcional, prendendo três servidores, agredindo-os e lançando gás de pimenta em centenas de outros servidores. Em nenhum momento os servidores em greve reagiram, a não ser através de gritos de "abaixo a repressão".

À noite, a tropa de choque da PM foi acionada para pôr fim à manifestação dos servidores, que estavam reunidos na Av. Anchieta exigindo a liberação dos colegas injustamente agredidos e presos.

Secretário Lagos merece receber selo de fascista até da PM.

O secretário Lagos disse que há dias vinha pedindo que a PM "agisse" contra os servidores; com a pancadaria da última terça-feira, ele estava mais realizado.

Fontes confiáveis nos disseram que o Secretário Lagos recebeu um ofício do Comando superior da PM do estado de São Paulo, dizendo que a PM de Campinas é subordinada ao Comando da PM na Capital de São Paulo, e não ao governo de Campinas, e que caso o governo Hélio ou seu secretário Lagos tivessem algo a reclamar em relação à PM, que o fizessem diretamente ao Comando, e não à imprensa.

Está pagando pra ver

Um importante instituto de pesquisas teria sido contratado por "alguém" para fazer uma pesquisa de popularidade do prefeito em relação à greve. Ah, mas era sigiloso. Então, se os pesquisadores vierem entrevistar você, faça cara de surpresa, mas diga tudo o que pensa. Quem será que contratou? Estão pagando pra ver o óbvio. Em sua arrogância, o prefeito não negocia com o trabalhador e compra a grande mídia para tentar manter sua imagem intocável.

O uso de publicidade com dinheiro público para perseguir trabalhadores em greve é inconstitucional.

De acordo com a Constituição, foge à finalidade pública o uso da propaganda por parte do governo visando a atacar servidores em greve, os movimentos sociais, os partidos de oposição e o sindicato. Diz o art. 37, § 1º, que "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos".

Caso a Justiça considere, em uma Ação de Improbidade Administrativa, que as propagandas do governo Hélio contra os servidores são um caso de desvio de finalidade do uso da publicidade governamental, o prefeito pode ser condenado a ressarcir os valores gastos para ofender moralmente os grevistas (que para especialistas já passaram de R$ 3 milhões) e está sujeito à perda da função pública por abuso de poder.

Uma última palavra...

Essis repórti aqui do brog, durante a festa junina em homenage aos pais, inquanto cumia uma broa, e tamém nu meiu da passiata no caminhu pro Largo do Rosário, iscurtaro uma palavra meiu cumpricada, mais que dize que si alastra iguar fogo no miaral, e que o guvernante quando iscuta até se arripia, purque num sabi até onde essa palavra pode chegá (deve ser pur causa que é uma palavra cumpriiida), palavra tão cumpricada qui uma pessoa do povo teve inté qui soletrar pra nóis pudê iscrevê aqui procês: I-M-P-E-A-C-H-M-E-N-T.

Fotos 05/06/2009 - Parte 2



De manhã, visita às bases, Rádio Movimento e apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.

À tarde, festa junina de acolhimento aos pais, assembléia, panfletagem junto á população, passeata até o Largo do Rosário e Grande Ato Público de apoio aos servidores em greve e em repúdio à violência moral e física do governo Hélio.

Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa apurará a repressão promovida pelo Governo Hélio contra os servidores

O deputado estadual Raul Marcelo, líder do PSOL na Assembleia Legislativa, encaminhou ofício à Comissão de Direitos Humanos da Alesp, para que esta cobre da Prefeitura de Campinas explicações sobre o episódio de repressão promovida pela Guarda Municipal contra os servidores em greve, na última terça-feira.

O parlamentar, membro titular da Comissão de Direitos Humanos, que estava presente no momento de tensionamento entre Guarda / PM e servidores , ressalta em seu requerimento que a greve é um direito constitucional e que a coação truculenta aos trabalhadores é inaceitável. E cobra que o prefeito da cidade seja questionado sobre as ações administrativas que serão adotadas para apurar a responsabilidade pelas agressões, que repercutiu na imprensa local devido à violência da repressão.

Notícia extraída do site do Deputado.

Trecho da apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal na Greve



Concerto didático realizado em 05/06/2009.

Fotos 05/06/2009 - Parte 3



Músicos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, em greve, fizeram um concerto didático nesta sexta-feira. Os músicos falaram sobre a importância de estar na greve, apresentaram seus instrumentos, convidaram a população para os concertos futuros (quando a greve acabar) e tocaram 6 peças, entre elas Hino Nacional Brasileiro, Abertura de "O Guarani" (Carlos Gomes), tema de Orfeu Negro e Yesterday (Beatles).

Fotos 05/06/2009 - Fotos da Marisa


Fotos enviadas por Marisa.

A história do Robélio

Vou contar uma história
Que mais parece um despautério
Lá tem Collor, Renan, Delúbio
Aqui tem um tal de Robélio

Na hora da eleição
Ele promete muito trabalho
Depois de eleito, então
Pro povão só o rebotalho
No hospital não tem leito
Na escola não tem mobiliário

Na verdade, quem trabalha,
O Robélio só atrapalha
Pra ele o que importa
É empregar a parentalha

Robélio transformou
Campinas em Brasília
Aqui só tem Carnaval
E emprego pra família

Robélio e os seus são saudosos
Dos tempos da ditadura
Se o servidor faz greve
Perdem logo a compostura

E o Lago que era tranquilo
Agora esta revolto
Vejam como ele mostra
A cara de homem torto

Então ele chama o choque
Mas isso não é suficiente
Daí ele diz que a PM
É que é leniente
Porque não quis bater
Em enfermeira e aposentado
Mas pra todos fica claro
Que o Lago é um despeitado
Que nesse lago embarreado
Ele é só mais um coitado

Ele só faz parte do aparelho
Que o Robélio aqui montou
Transformou a prefeitura
Em um grande pardieiro

Robélio tem dinheiro
Para ele e para os seus
O povo e o servidor
Tem que pedir pra Deus

Ficamos a ver navios
E aqui nem praia tem
Aqui, a Educação não é nada
E o Professor não é ninguém

Mas para o servidor,
que constrói, de verdade
Essa Cidade
Nada mais resta,
mobilização e gás na testa,
ninguem mais aguenta
tanto choque e essa pimenta

Cabe a você cidadão,
cabe a você eleitor
usar seu voto com arte
prá acabar com esse terror
Mas o mesmo servidor,
que constrói, de verdade
Essa Cidade
Ainda resta a razão,
Então todos se mobilizam
Saem pra rua e mostram a todos
Que para a população
As coisas se precarizam
e ainda os secretários
se divertem e ironizam

Sabem que na verdade,
é somente para Robélio
que as verbas se agilizam
Porque são os parentes deles
Aqueles que mais precisam

***
EMERSON,
O autor não é servidor,
Mas arriscou de poeta
Porque a podridão da política
De todo modo me afeta

Agenda de sexta-feira (05/06)

Não há luta que se vença por omissão. Venha para a GREVE.

7h - concentração no paço municipal, saída para as bases

14h – acolhimento aos pais de alunos

15h – assembléia geral no paço

16h – Ato Público no Largo do Rosário

Veja textos sobre os encaminhamentos da assembleia de hoje (quinta-feira, 04/06/09), nos comentários abaixo.

Notícia da Rádio Agência NP, 02/06/2009



A greve dos servidores municipais da cidade de Campinas (SP) completou 14 dias nesta terça-feira (02). Para compensar as perdas da inflação, os trabalhadores exigem pelo menos aumento salarial em 7% e 11% de aumento real. Eles receberam com indignação a proposta da prefeitura, que ofereceu reajuste de pouco menos de 6%, pagos em parcelas - 3% em junho e o restante no final do ano.

Para o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Campinas (STMC), a proposta é vexatória. O coordenador do Sindicato, Marionaldo Fernandes Maciel, afirma que o reajuste pago em parcelas significa um achatamento salarial.

“Os trabalhadores estão resistindo à proposta que o governo apresenta porque é um rebaixamento salarial. O [prefeito] Hélio teve 56% de reajuste no seu salário, de seus secretários e de sua esposa que é chefe de gabinete. Isso deixou o trabalhador indignado, eles não acreditam nesse governo.”

O prefeito Doutor Hélio de Oliveira (PDT) alega que o reajuste no salário dos trabalhadores é inviável, mesmo com o aumento da arrecadação municipal em 13% no último ano. Segundo ele, o reajuste exigido estoura o limite sugerido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, com os gastos na folha de pagamento.

Os trabalhadores aceitam negociar os 11% de aumento salarial, mas não abrem mão dos 7% de reposição da inflação. O índice oferecido pela prefeitura não cobre a inflação até o final do ano e não será incorporado no décimo terceiro salário.

Em assembleia nesta terça-feira (02), os servidores decidem os próximos passos do movimento.

De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso. (02/06/09)

REUNIÃO DE PAIS NA EMEF “PADRE FRANCISCO SILVA”

Sem áudio no original.

Ocorreu na EMEF “Padre Francisco Silva” as 19h do dia 04/06/2009 uma Reunião de Pais para esclarecimentos sobre a greve que contou com a presença de 60 pais e 10 educadores.

Durante a reunião, houve fala dos professores e da equipe de gestão da escola, seguida da exibição de uma apresentação em datashow que continha informações sobre o reajuste de 56% do prefeito, o nepotismo na prefeitura, a importação de pessoas do Mato Grosso para exercer cargos de chefia e secretarias, o assédio moral, a a violencia cometida pela Guarda Municipal e Policia Militar contra alguns companheiros(as) do movimento.

Os pais presentes foram orientados a ligar no 156 para deixar claro sua insatisfação com a prefeitura por não resolver o impasse que está impedindo os professores em greve de retornarem as suas atividades.

Houve questionamento pelos pais acerca das reposições de aulas, que foram prontamente respondidas dentro das possibilidades do momento.

Nas falas notou-se um bom nivel de compreensão dos pais presentes quanto a legitimidade de nosso movimento. E percebeu-se apoio a nossa causa.

Por fim foi feito o convite aos pais para participação no acolhimento que será feito no Paço municipal às 14 horas, seguindo após para o Ato Públi co do dia 05/06 no Largo do Rosário às 16 horas.

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

Texto enviado por educadores da EMEF Padre Francisco Silva.

Correio Impopular e a greve dos servidores de Campinas



Imagem extraída do texto "O Correio (Im)Popular e a greve dos servidores de Campinas", do site do Coletivo de Comunicadores Populares de Campinas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vídeo



Vídeo de Célio Luz

Abaixo a Repressão - 6



Aproveitando o recado da colega Mari, o nosso blog traz mais uma música.

Nossa interpretação sobre esse governo continua ganhando cada vez mais ganha eco na cidade.

Essa greve é o começo da luta. Como disse a Mari em mensagem, a categoria é forte demais. Pelos próximos anos, estaremos juntos lutando por um serviço público de qualidade e pela nossa valorização profissional e lembrando a população da conduta dessa administração e do tratamento que nós servidores estamos tendo durante essa greve.

Essa música é uma homenagem pelo que fizemos e uma mensagem para lembrarmos que ainda temos muito o que fazer!

Não vão me matar - O Rappa

Eu não quero mais saber de sofrer não
Não quero não
Me contam histórias diferentes
Achando que eu vou acreditar

Enganam o povo com promessas
Tentando induzi-los a acreditar
Que a consciência do ser humano
De repente pode até falhar

Quem bate esquece quem apanha...
... quem apanha quer se vingar

Criticam essa raça tão bonita
Que é capaz de agüentar
Torturas, humilhações à parte
Podem pisar, mas não vão me matar

Cantando a verdade, falando da vida
Contando história, falando de amor
Brigando com a vida, prá ser mais feliz
Não vão me matar

Série João Zinclar - Parte 5 (fotos de 03 e 04/06/09)



Fotos de João Zinclar.

Grande ato público nessa sexta feira (dia 05/06)

Deliberamos em assembléia a realização de um ato político público para este dia 05, sexta, às 16h, com objetivo de manifestarmos nosso repúdio à repressão e falta de respeito do Governo com os funcionários que atendem à população desta cidade!

Queremos ainda, denunciar as péssimas condições de trabalho que vivenciamos, um desrespeito à população. Este Governo não planeja e não possibilita que um atendimento de qualidade seja oferecido aos moradores de Campinas!

Precisamos todos, por compromisso ético e político com as comunidades que atendemos, denunciar a falta de preocupação deste Governo com os serviços públicos oferecidos em Campinas!

Para que um GRANDE ATO aconteça, precisamos de todos e de cada um de nós a mobilizar ainda mais gente!

Façamos um grande encontro pacífico e de diálogo com a população!

Participemos!

Texto enviado por Maria Fernanda.

A Mafê sugere que encaminhemos esse texto por e-mail para todos os nossos contatos. Aproveite para divulgar também o endereço do nosso blog.

Atenção: clique aqui para fazer o download do convite em versão Word (para imprimir).

Série João Zinclar - Parte 4 (fotos do dia 04/06/09)




Fotos de João Zinclar.


Atividades que aconteceram no dia:

De manhã, saída para as bases e enterro simbólico do prefeito e dos vereadores da base governista.

Às 11h, início das atividades da Rádio Movimento.

Às 14h, reunião de setorias (Educação, Saúde, Operacional, Assistência Social, Aposentados, Guarda Municipal...).

Às 16h, assembléia geral dos servidores. Decidimos pela continuidade da greve, por colocar toda força nas atividades de amanhã, em especial a visita às bases, a acolhida aos pais (com festa junina, debate e som da melhor qualidade) às 14h, assembléia às 15h (no Paço) e o grande ato público às 16h (no Largo do Rosário).

Decidimos que devemos exigir a presença do prefeito nas negociações e que a proposta que o governo Hélio diz ter deve ser discutida na negociação entre servidores e governo.

Fotos da quinta-feira 04/06/2009




Fotos enviadas por Simone.

Abaixo a Repressão - 5



Charge enviada por Paulo.
Esses quatro cavaleiros são os enviados do prefeito para espalhar o terror entre nós. São eles que estão nas mesas de negociação com os servidores. Juntos, esses cavaleiros somam a quantia de R$ 54 mil por mês aos cofres públicos, para realizar tarefas importantes, como:

Mallman (secretário de finanças): planejar mal as finanças, defender a isenção de impostos de grandes empresas, enxugar o quadro de fiscais de tributos e priorizar recursos para cargos comissionados (R$ 85 milhões), para pagamento dos serviços da dívida (R$ 71 milhões) e para a grande mídia da cidade (R$ 30 milhões);

Verano (secretário de RH): planejar os recursos humanos e colaborar, direta ou indiretamente, para que cada vez existam mais comissionados, funções gratificadas e mais assédio moral aos servidores;

Lagos (semi-deus): faz tudo, desde incitar a polícia bater em servidor até tocar a corneta do fim do mundo;

Carlos Henrique (secretário para assuntos jurídicos): distorcer o sentido das leis, em benefício do Governo; obter liminares judiciais para que a Tropa de Choque oprima os servidores e fazer o mesmo bolo com os mesmos ingredientes.

17º Dia: Prefeito Hélio, compareça à mesa de negociação!

Mais um dia de greve em que os trabalhadores do tentaram avançar nas negociações com o governo. No entanto, os secretários presentes na mesa (Paulo Mallmann, Carlos Henrique Pinto, Francisco de Lagos e Luis Verano) não tinham nada de novo para a categoria.

Como já foi solicitado, desde o início da Campanha salarial 2009, os trabalhadores querem a presença do Prefeito Hélio na mesa.

Ocorre que os secretários só apresentam uma contraproposta de 3% + 2,79% (só em dezembro/09) estendida ao vale-alimentação, que representa avanço mínimo, durante todo o período de Campanha. A saber que as conquistas foram arrancadas com muita mobilização.

Os trabalhadores querem melhorias nas condições de trabalho e um reajuste salarial digno. Os 3% de aumento no salário, apresentado pelos secretários nas rodadas de negociação não cobrem nem a inflação do período.

Os trabalhadores e a população de Campinas exigem respeito. A truculência e a falta de diálogo são inaceitáveis. Este Prefeito precisa receber o trabalhador! Durante a GREVE, o Governo Hélio tem feito apenas o contrário: persegue os servidores dentro do local de trabalho, aplica o assédio moral e vai à mídia proliferar ameaças e mentiras.

Trabalhadores e a população repudiam o fato de o Prefeito, seus secretários, sua esposa e mais de 400 funcionários comissionados terem tido 56% de aumento em seus subsídios e agora, na hora do servidor que cuida da população de Campinas todos os dias, é oferecido 3% e outra parcela de 2,79% para dezembro.

Do site do Sindicato dos Servidores Municipais.

Associações contestam dados do governo

A Associação dos Auditores Fiscais da Prefeitura de Campinas e a Associação dos Procuradores Municipais de Campinas questionam os dados financeiros apresentados pelo governo municipal para justificar a impossibilidade de efetuar a reposição imediata da inflação de 5,79% nos salários dos servidores públicos, que entram hoje em seu 16° dia de greve.

Representantes das duas associações já encaminharam números à diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas que demonstram a possibilidade da administração incorporar aos vencimentos da categoria o índice de 5,79%.

A diretoria do Sindicato irá agora repassar esses dados ao juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Fábio Marsiglio, que na última segunda-feira comandou uma tentativa de conciliação. "Até agora só os números divulgados pela prefeitura foram levados em consideração nos debates", afirmou o presidente da Associação dos Procuradores Municipais, Osmar Lopes Júnior.

Um dos argumentos apresentados pelas entidades representivas dos auditores e dos curadores é que em 2005 a prefeitura encerrou o ano com um índice de 54,62% de gastos com a folha de pagamento - o límite máximo fixado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) é de 54% - e o prefeito não sofreu qualquer penalidade.

"O que a administração nunca deixa claro em suas manifestações públicas é que quando uma administração ultrapassa o limite de 54% de gastos com pessoal, tem um prazo de oito meses para regularizar a situação. Além disso, existem brechas na LRF para casos que envolvem a reposição de perdas inflacionárias, como é o caso atual", destacou Lopes Júnior.

Outro questionamento apresentado pelo presidente da Associação dos Auditores Fiscais, José Moacir Fiorin, é que desde o início das negociações o governo municipal jamais apresentou uma demonstração detalhada de suas despesas nos primeiros quatro meses do ano, o que não permite uma análise do real impacto na folha de pagamento desses gastos.

Para os representantes das duas associações, o sindicato poderia recorrer a uma ação judicial pedindo auditoria independente nas contas do município.
Matéria do Jornal Todo Dia, 04/06/2009.

Carta à RAC / Correio Popular

Prezado Sr, Rui Motta (RAC)

Extranha-nos muito a opinião do jornal Correio Popular expressar todos os dias suas impressões, sobre a greve dos servidores com excessivo tom de PARCIALIDADE NÍTIDA.

O artigo de hoje quinta-feira chega ao limite aceitável, do que se poderia entender como mera opinião jornalística, mas passa a ser uma voz acusatória no cenário difícil que estamos vivendo. Parece mais escrito por algum membro do núcleo duro do poder do governo municipal. Propositalmente em suas opiniões, omite fatos relevantes e agrega a fala do governo. Não tem na linha de raciocínio, considerado a cronologia dos fatos ocorridos, senão vejamos:

- O endurecimento e a retirada das negociações do governo, não se deu na terça-feira
como o senhor diz, nem em razão dos fatos lamentáveis.

- Foi ao final da mesa de segunda-feira, na mediação entre o juiz que as negociações foram encerradas pela administração. Fato que o senhor se quisesse, poderia ter investigado.

- Mas não fica esse artigo somente em erros de datas. Ele passa a confundir, e enganar o simples e descuidado leitor que não esteja atento. Se o senhor estivesse lá, como parece que esteve, pois relata os incidentes como se estivesse como testemunha ocular, que não é esse o caso, pois suas informações, foram obtidas de fontes que o Leva a afirmar que os grevistas elevarão o tom, e partiram para a agressão direta. Pergunto-lhe; como se deu isso e de que maneira?

Outra explicação devida; houve uma pedrada? O senhor afirma isso? De que fonte obteve essa informação, já que o senhor não estava presente ao local? A indignação senhor Rui, que deveria nos causar, incômodo e asco, é ver que parte da sociedade não se mobilizou nem reagiu, nas suas formas de luta. Contra o acachapante aumento de 56% aos salários do prefeito, secretários e de mais de 400 comissionados,
que criou um impacto na folha de pagamento de 47% em dezembro de 2008, para 51% em fevereiro de 2009. E por que será que isto não aconteceu? Será que a imprensa acha justo esse aumento? Não me lembro de ter visto nessa coluna um pingo de indignação.

E por fim quero dizer, que a sociedade não precisa de uma imprensa, tendenciosa, falaciosa como havia nos dias de excessão deste país.

Resta-nos acreditar que nós continuaremos a reagir, contra as forças que se unem para calar os movimentos sociais, políticos, legais e autenticos, que se insurgem contra toda e qualquer tentativa de liberdade de expressão, seja organizada ou não em agremiações.

Texto enviado por Nelson Camargo

Processos contra o prefeito

Soube que já foram encaminhados para o poder judiciário alguns processos contra o Prefeito. Gostaria de saber quais são esses procesos em andamento, com também de sugerir que coloquem no índice do blog um link para essas informações, que poderia ser: Processos contra o Prefeito, por exemplo. Nesse momento essas informações serão muito importantes para mim, e em geral para todas as pessoas também.

Luciana - agente de educação infantil

Abaixo a Repressão - 4

Não ficaremos submissos

Eu espero que as informações que estou tendo sobre o pessoal estar voltando seja mais uma das mentiras que a EPTV, aliada do governo nos transmite!

Não é hora de enfraquecermos, de desistirmos depois de tanta luta! Agora que temos que estar firmes, buscar mais forças. Nossa luta não pode ter sido em vão novamente, como foi a luta em relação ao Plano de Cargos e Salário! É isso que o Dr. Hélio quer! Que nos humilhemos, nos esforcemos e ele sai vitorioso mais uma vez. Não queremos ficar igual aos professores do Estado (eles que me desculpem), mas eles foram perdendo lutas, aceitando, aceitando e hoje recebem salários muito baixos e são humilhados pelo governo do Estado. Não vamos deixar isso acontecer! Perder as esperanças jamais!

E dizer aos nossos colegas que não aderiram e que dizem que nossos esforços são em vão, que é melhor tentar lutando, do que dizer que não tentou, que não contribuiu. Essa é a hora, ou será tarde demais e nosso salário ficará achatado, nós ficaremos submissos e trabalharemos infelizes e sem esperanças. Aí, me desculpem, não haverá mais aprendizado, não haverá o que ensinar!

Texto enviado por Matilde Arena- Profª de Educação Infantil da EMEI JD.AMAPAT

Greves de massa sacodem Campinas

Condutores e cobradores do transporte coletivo e trabalhadores da rede pública municipal de Campinas-SP se mobilizam por reajustes salariais e direitos e realizam greves de massa.

Primeiro foram os motoristas e cobradores do transporte coletivo que travaram a cidade, com três dias de greve. Cerca de 600 mil passageiros tiveram que se virar em carros particulares e vans clandestinas, superlotando o trânsito já complicado da cidade. Mesmo assim, não foi tão fácil para a mídia burguesa encontrar pessoas comuns dispostas a falar abertamente contra a greve. Todos reclamavam dos congestionamentos, mas assumiam uma posição de neutralidade simpática ou de apoio ao movimento.

Os trabalhadores conseguiram chamar a atenção do povo para as longas jornadas de trabalho estressante que são obrigados a cumprir e para os baixos salários que recebem e permaneceram unidos. Aliás, a unidade da categoria foi um fator de vitória. Até os dados oficiais diziam que, por dia, apenas de 1% a 10% da frota circulava pelas ruas. Dos quatro mil trabalhadores na base, cerca de 2 mil participavam das assembléias e atos do Sindicato.

A greve arrancou um reajuste de quase 8% para os motoristas e 18% para os cobradores. Esse percentual sobre os baixos salários não deve render por muito tempo, mas foi o suficiente para encher de moral esses homens e mulheres super-explorados pelas empresas parasitárias do transporte público. Além disso, um dia depois da greve, os próprios passageiros se confraternizaram com os motoristas e cobradores, saudando-os e avaliando positivamente o resultado.

No entanto, a resistência dos empresários foi dura: evitaram a negociação, jogando a greve para o Tribunal Regional do Trabalho. A Justiça ameaçou decretar a ilegalidade da greve e, através de escolta policial, obrigou alguns ônibus a rodar!

Já o prefeito, Dr. Hélio (PDT), fingiu que não era com ele e o secretário de transportes, Sr. Gerson Bittencourt, que é do PT, liberou os corredores de ônibus e os terminais rodoviários para qualquer veículo disposto a substituir os grevistas.

Municipais de Campinas

Dias depois, começa a greve dos servidores municipais. A adesão surpreendeu até os mais otimistas. A categoria rejeitou a proposta de 3% de reajuste salarial e 0% no vale-alimentação. Porém, não é de hoje que propostas medíocres como essa são apresentadas aos servidores na data-base.

A categoria sempre reagiu, mas as paralisações e assembléias eram por demais "piqueteiras", ou seja, de muita combatividade, mas pouca adesão. Tanto o governo anterior como o atual conseguiam vencer esse tipo de resistência - com medidas anti-sindicais e com violência policial - e concediam reajustes abaixo da inflação. Assim, o aumento da arrecadação municipal, fruto do breve período de crescimento econômico pelo qual passou o país, não se reverteu em investimentos nos serviços públicos e para os servidores. E a alegação da Prefeitura para isso era e continua sendo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Essa lei criada em 1999 pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que continua em vigor até hoje, com o intuito de garantir o pagamento dos juros da dívida pública, limita os investimentos municipais em folha de pagamento, ou seja, na contratação por concurso público e na valorização salarial dos servidores para privilegiar a terceirização da saúde, da educação, de obras, da coleta de lixo, do transporte, da limpeza etc.

No Hospital Municipal Mário Gatti, por exemplo, de 1600 profissionais, 900 são terceirizados através de convênios e outras PPPs (Parcerias Público-Privado)!

E o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Lula se baseia nessa mesma lógica. Algumas obras importantes foram feitas na cidade, como o Hospital Ouro Verde, grandes creches (chamadas de Nave-Mãe) e uma nova e moderna Rodoviária: tudo entregue para a iniciativa privada! Da mão-de-obra à administração geral!

E agora com a crise, os primeiros a serem afetados pela queda na arrecadação de impostos são os municípios. A começar pelas cidades mais pobres, como recentemente vimos acontecer em várias prefeituras pelo Norte e Nordeste, dependentes de repasse do governo federal.

Os salários dos professores e profissionais da saúde atrasam, mas o dinheiro para as empresas parasitárias do serviço público continua sendo pago, pois caso não seja, os capitalistas ameaçam abandonar os projetos...

Mas, voltando à greve dos municipais de Campinas, desta vez, algo diferente está ocorrendo. Desde 2003 que os servidores não se mobilizavam em massa e com tanta energia, recuperando suas tradicionais formas de luta, como agora. É o fruto de tantos anos de tensão acumulada, de políticas de terceirização dos serviços públicos e desvalorização dos trabalhadores. De insatisfação pela falta de médicos, remédios e equipamentos de saúde. De insatisfação pela falta de vagas nas creches, pelas salas superlotadas e nenhum apoio aos profissionais da educação, que são os responsáveis pelas crianças de 0 a 12 anos na maior parte do dia.

Calcula-se que a adesão do setor de saúde seja de 70%, ou seja, total, levando-se em conta a norma de manutenção de 30% dos serviços considerados essenciais (urgência e emergência). Um exemplo disso é a participação na greve dos trabalhadores do SAMU (ambulâncias), que se revezam entre o pronto-socorro e as atividades do movimento grevista. Em toda passeata, reunião e assembléia, lá estão eles, uniformizados, na linha de frente, mostrando à população que, por mais que se esforcem, não dá para salvar vidas com apenas 15 ambulâncias para 1 milhão de habitantes!

Mas, não são só eles que demonstram garra e organização. São cerca de 5 mil trabalhadores por dia que tomam as escadarias do Paço Municipal e se manifestam em passeata pelas principais ruas e avenidas de Campinas.

Os rumos do movimento

Nesse ambiente, há um caldo de cultura propício para que as idéias marxistas e revolucionárias germinem. Apesar de numericamente inferior a outros grupos políticos, a categoria, na sua própria experiência, acaba por identificar as melhores lideranças e, dialeticamente, os marxistas acabam por identificar os melhores combatentes para convidá-los a se integrarem em nossa organização revolucionária.

Há dois perigos para o movimento grevista hoje: o espontaneísmo e o esquerdismo. O primeiro implica em rebaixar as tarefas políticas do movimento ao âmbito meramente econômico-sindical e em acreditar que não é necessário piquetes e nem comando para manter o movimento fortalecido. O segundo implica em querer resolver todos os problemas numa única ação bem radical e de impacto midiático. Ambas as posições acabam sendo irresponsáveis com os trabalhadores em greve.

É preciso trabalhar para que a adesão quase espontânea dos trabalhadores não acabe na semana seguinte por falta de uma direção clara sobre o que fazer e como fazer, pensando inclusive em estender a greve por mais tempo, se a Prefeitura não ceder (que é o que tudo indica).

Nesse sentido, criar um fundo de luta e um calendário de atividades, além de espalhar comandos de mobilização por setores e regiões (centralizados pelo comando geral da greve) ajudaria e muito a colocar todos os trabalhadores em ação, compartilhando tarefas e fazendo com que cada um se sinta útil para o movimento. É hora também de batalhar para que a Guarda Municipal entre na greve, como fez em 2003, quebrando o primeiro aparato repressivo que a Prefeitura se utiliza para conter os trabalhadores.

Além disso, é preciso avançar e aprofundar a discussão política. Elevar a batalha pelas reivindicações para o terreno político significa explicar pacientemente à população trabalhadora que a greve não é a responsável pela péssima qualidade da saúde e da educação e sim o governo - para desgastá-lo e isolá-lo, forçando o PT e o PCdoB a romperem a aliança que mantêm na cidade com PDT, PMDB e DEM!

Significa também explicar que as condições de vida dos trabalhadores só melhoram com greve, com luta, porque senão o capitalismo e sua crise mundial vão arrastar a humanidade para a barbárie. E enfim, significa explicar que o movimento grevista é pela unidade dos trabalhadores e por uma greve geral no país contra a crise e pelo socialismo!

No caso da "greve dos ônibus", toda essa discussão sobre o governo e sua relação com as empresas que exploram o transporte coletivo passou pela tangente, portanto, a greve não avançou para o terreno político, o que poderia colocar na ordem do dia a luta pela municipalização do transporte urbano. Mesmo assim, os trabalhadores puderam perceber que juntos e mobilizados têm a força! Parafraseando o camarada Allan Woods, dirigente da Corrente Marxista Internacional: sem a permissão dos motoristas e cobradores dos ônibus, nenhum pneu gira, nenhum sistema de transporte funciona.

Já na greve dos servidores, os marxistas estão lá e vão batalhar para levantar essas questões cruciais para a luta dos trabalhadores!

Texto enviado por Renata.