Como educadores, no nosso dia-a-dia profissional , estamos sempre a dialogar com os alunos, os pares, a sociedade sobre essas duas competências e valores: coerência e coesão, entre outras. Também, a cobrá-los, através dos vários instrumentos de avaliação e referência educacionais e sociais que tanto discutimos e colocamos, ou, nos é colocado institucionalmente: PROVA e PROVINHA BRASIL, ENEM, SARESP, GERES, PISA, e outros. Coerência! Coesão! Há quem os coloque no papel, mas, há também, quem os traga para a vida!“Primeiro os que mais precisam”. “Valorização do magistério”. “Valorização do profissional da saúde”. “Atendimento público de qualidade”. “Democracia participativa”. “Segurança”... Tudo, pode virar “norma”, propaganda, bandeira. Tudo o papel aceita. Quando atestados institucionalmente ainda, vem chancelado! Ao serem encampados pelos interesses empresariais e de alguns meios de comunicação de massa, um frenesi! E leva “gente” ao longe!Mas, a vida também cobra. Coerência ..., coesão..., entre a fala e os atos, o discurso e as condições efetivas de vida, de atendimento, de desenvolvimento social. Lá na creche, na escola, no posto de saúde, na cidade, no seu cotidiano. Pela falta de remédio, falta de professores, de funcionários que dão atendimento aos alunos (agora ‘bem vistos’, uniformizados e de material na mão), às pessoas adoentadas, aos de direito, ou mesmo, aos usurpados dos mesmos.Não raro, nos é cobrado uma dedicação exclusiva, uma aptidão sistemática para o trabalho, o quê, em parte, não discordamos. Mas, quais as condições efetivas para tanto?O Dr., fala da lei de responsabilidade fiscal e dos números que o amarram. Aos que menos precisam? Utiliza a liberdade legislativa. Para os que mais precisam? Uma política forte, arrojada, libertadora, em busca de novas condições e relações de vida? De outros limites?Um novo discurso - para não dizer, uma, ou algumas frases- numa velha lógica.Parabéns ao funcionalismo em greve, não se rende a usurpação de seus direitos! Trás para a vida a coerência e coesão que exige e se inscreve em seu papel social. Chama a atenção da população sobre a falta de nexo entre as palavras e as ações cotidianas colocadas nos discursos que se articulam entre o poder executivo, os dispositivos de controle social a serviço de uma visão política e econômica classista e de manutenção das benesses sócio-econômicas de uma casta privilegiada.Parabéns à iniciativa dos criadores desse Blog, em especial a Simone, por organizarem mais esse canal de informações, ajudando em muito a informar, elucidar e desfazer os vínculos que muitas vezes se estabelecem entre o executivo, o legislativo e as ações da imprensa local, através das notas, chamadas, reportagens superficiais e circunstanciais, desprovidas de informações e conhecimentos mais profundos e sistemáticos, ou, na veiculação dos chamados comunicados oficiais.
Renato, professor
Um comentário:
seu texto ficou muito bom, parabéns!!!!!
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