Dirijo-me aos educadores e educadoras da Rede Municipal de Campinas que ainda não aderiram ao nosso movimento grevista. Sinto que, além das questões financeiras, algumas questões que nos acompanham e nos afligem em nosso dia-a-dia tem motivado a grande adesão ao movimento. Pensemos juntos:
Você avalia que a nossa Secretaria Municipal de Educação tem um projeto claro de educação para Campinas?
Você acredita que está sendo oferecida uma educação de qualidade às nossas crianças jovens e adultos?
Você acha que as escolas estão equipadas, bem organizadas e com um quadro de profissionais completo?
Você acha justo colocar um grande número (28, 30 e às vezes mais) de crianças pequenas (de 3 a 5 anos) sob a responsabilidade de um único profissional?
Você acha normal que os alunos de 5ª a 8ª séries de várias das escolas municipais sejam mandados de volta para casa sem ter tido as aulas do dia, muitas vezes por semana?
Você acha positivo o ano letivo ter começado com muitas creches sem o quadro de profissionais completo? Lembrem-se que as creches atendem bebês!
Você acha justo que o prefeito e seu secretariado tenha tido um aumento de salário de 56% e o reajuste proposto para o funcionalismo seja de 3%?
Você acha que nós, profissionais da educação municipal, não temos motivos para participar desse movimento coletivo que busca lutar pela melhoria da qualidade da educação no município?
Você avalia que a nossa Secretaria Municipal de Educação tem um projeto claro de educação para Campinas?
Você acredita que está sendo oferecida uma educação de qualidade às nossas crianças jovens e adultos?
Você acha que as escolas estão equipadas, bem organizadas e com um quadro de profissionais completo?
Você acha justo colocar um grande número (28, 30 e às vezes mais) de crianças pequenas (de 3 a 5 anos) sob a responsabilidade de um único profissional?
Você acha normal que os alunos de 5ª a 8ª séries de várias das escolas municipais sejam mandados de volta para casa sem ter tido as aulas do dia, muitas vezes por semana?
Você acha positivo o ano letivo ter começado com muitas creches sem o quadro de profissionais completo? Lembrem-se que as creches atendem bebês!
Você acha justo que o prefeito e seu secretariado tenha tido um aumento de salário de 56% e o reajuste proposto para o funcionalismo seja de 3%?
Você acha que nós, profissionais da educação municipal, não temos motivos para participar desse movimento coletivo que busca lutar pela melhoria da qualidade da educação no município?
Diante de questões como estas, é importante que avaliemos nosso posicionamento diante da situação que a administração nos impôs.
Façamos uma reflexão lembrando das palavras de Paulo Freire:
“A luta dos professores em defesa dos seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética.”
A luta justa pelos nossos direitos e pelo direito dos nossos alunos à uma educação de qualidade é uma luta coletiva!
Lourdinha
2 comentários:
Parabéns, colegas, pela iniciativa. Temos que usar todos os recursos para denunciar essa situação horrível da educação em Campinas e também a dos servidores municipais.
Será que o novo secretário da educação veio para realizar alguma coisa ou para gozar os 56% de reajusta salarial, já que perdeu sua função na UNICAMP.
Durival José Gasparoto, professor de ERET da EMEF Dr. João Alves dos Santos.
Parabéns, estamos na luta, sempre.
Oi, Lourdinha e demais colegas:
Sua mensagem é bem clara e traduz o sentimento que nos tem mobilizado para seguir com o movimento.
Não é só uma pauta econômica; é um debate amplo do tratamento que a administração tem dado aos serviçõs públicos da nossa cidade.
Essa luta, portanto, é de todos.
Eu complemento com mais uma questão: o colega que não está no movimento, concorda com a proposta vergonhosa da administração???
Pense na resposta com muita atenção porque ela vai ecoar pelos próximos e (longos) 12 meses.
Para refletir sobre o que temos perdido e que mais ainda podemos perder, se nos calarmos:
DESPERTAR É PRECISO (Vladimir Maiakóvski)
Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e,
conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Marlene G. dos Anjos (ex Camasão)
Um abraço.
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