Extranha-nos muito a opinião do jornal Correio Popular expressar todos os dias suas impressões, sobre a greve dos servidores com excessivo tom de PARCIALIDADE NÍTIDA.
O artigo de hoje quinta-feira chega ao limite aceitável, do que se poderia entender como mera opinião jornalística, mas passa a ser uma voz acusatória no cenário difícil que estamos vivendo. Parece mais escrito por algum membro do núcleo duro do poder do governo municipal. Propositalmente em suas opiniões, omite fatos relevantes e agrega a fala do governo. Não tem na linha de raciocínio, considerado a cronologia dos fatos ocorridos, senão vejamos:
- O endurecimento e a retirada das negociações do governo, não se deu na terça-feira
como o senhor diz, nem em razão dos fatos lamentáveis.
- Foi ao final da mesa de segunda-feira, na mediação entre o juiz que as negociações foram encerradas pela administração. Fato que o senhor se quisesse, poderia ter investigado.
- Mas não fica esse artigo somente em erros de datas. Ele passa a confundir, e enganar o simples e descuidado leitor que não esteja atento. Se o senhor estivesse lá, como parece que esteve, pois relata os incidentes como se estivesse como testemunha ocular, que não é esse o caso, pois suas informações, foram obtidas de fontes que o Leva a afirmar que os grevistas elevarão o tom, e partiram para a agressão direta. Pergunto-lhe; como se deu isso e de que maneira?
Outra explicação devida; houve uma pedrada? O senhor afirma isso? De que fonte obteve essa informação, já que o senhor não estava presente ao local? A indignação senhor Rui, que deveria nos causar, incômodo e asco, é ver que parte da sociedade não se mobilizou nem reagiu, nas suas formas de luta. Contra o acachapante aumento de 56% aos salários do prefeito, secretários e de mais de 400 comissionados,
que criou um impacto na folha de pagamento de 47% em dezembro de 2008, para 51% em fevereiro de 2009. E por que será que isto não aconteceu? Será que a imprensa acha justo esse aumento? Não me lembro de ter visto nessa coluna um pingo de indignação.
E por fim quero dizer, que a sociedade não precisa de uma imprensa, tendenciosa, falaciosa como havia nos dias de excessão deste país.
Resta-nos acreditar que nós continuaremos a reagir, contra as forças que se unem para calar os movimentos sociais, políticos, legais e autenticos, que se insurgem contra toda e qualquer tentativa de liberdade de expressão, seja organizada ou não em agremiações.
Texto enviado por Nelson Camargo
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