A greve dos servidores municipais da cidade de Campinas (SP) completou 14 dias nesta terça-feira (02). Para compensar as perdas da inflação, os trabalhadores exigem pelo menos aumento salarial em 7% e 11% de aumento real. Eles receberam com indignação a proposta da prefeitura, que ofereceu reajuste de pouco menos de 6%, pagos em parcelas - 3% em junho e o restante no final do ano.
Para o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Campinas (STMC), a proposta é vexatória. O coordenador do Sindicato, Marionaldo Fernandes Maciel, afirma que o reajuste pago em parcelas significa um achatamento salarial.
“Os trabalhadores estão resistindo à proposta que o governo apresenta porque é um rebaixamento salarial. O [prefeito] Hélio teve 56% de reajuste no seu salário, de seus secretários e de sua esposa que é chefe de gabinete. Isso deixou o trabalhador indignado, eles não acreditam nesse governo.”
O prefeito Doutor Hélio de Oliveira (PDT) alega que o reajuste no salário dos trabalhadores é inviável, mesmo com o aumento da arrecadação municipal em 13% no último ano. Segundo ele, o reajuste exigido estoura o limite sugerido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, com os gastos na folha de pagamento.
Os trabalhadores aceitam negociar os 11% de aumento salarial, mas não abrem mão dos 7% de reposição da inflação. O índice oferecido pela prefeitura não cobre a inflação até o final do ano e não será incorporado no décimo terceiro salário.
Em assembleia nesta terça-feira (02), os servidores decidem os próximos passos do movimento.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso. (02/06/09)
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